segunda-feira, 27 de junho de 2016

Há muitas moradas...

por H. Thiesen 

Uma das perguntas que todos se fazem, sejamos ateus, cristão, islâmicos, budistas, hinduísta ou qualquer outra crença é:
- Existe vida depois da morte ou, o que acontece depois da morte?
Parece uma questão contraditória, pois morte é o final para qualquer ser vivo.
A morte é um processo natural, tanto e quanto nascer e crescer, faz parte do ciclo da vida e acontece com o envelhecimento do ser vivo e se processa nos vegetais, animais e no homem. O processo morte pode também ser acelerado em consequência de doença, acidente, violência e de catástrofes naturais ou em caso de suicídio.
A morte trás à tona o temor do desconhecido, como parte do ser humano pelo seu instinto de preservação e sobrevivência e geralmente está envolvida em mistérios, desta forma é perfeitamente compreensível o sentimento de medo quanto a ela.
Há milhares de anos o ser humano se pergunta do porquê da morte, tentando decifrar as suas razões e o que há por trás dela. Esta preocupação tem sido marcante nas tradições religiosas e na teses filosóficas, o que leva a crer que a morte faz parte da vertente psicológica humana.
Conforme a morte é entendida, dependendo da visão religiosa, do aspecto social e do grupo humano, ela pode ser compreendida desde o "fim de tudo" ao processo de reencarnação, passando pelo culto à ancestrais, ressurreição, longos períodos de sono e longa espera por um Juízo Final.
Estas diversas forma de entender a morte, influenciam a vida, os grupos sociais e o mundo, pois na maioria das crenças e mitologias a respeito dela, não aparece como um processo natural, mas como um elemento estranho ao homem, devido as referencias de um paraíso, onde ela não se fazia presente e que surgiu como resultado de um possível castigo, a um possível pecado original.
Sendo assim, é natural que o homem busque um abrigo ou uma proteção, a fim de proteger-se desse desconhecido e provavelmente perigoso destino, levando ela a procurar o seio das religiões.
Levando-se em consideração os numero atuais, a humanidade divide-se em três grandes grupos, conforme as suas crenças a respeito da morte: Aqueles que acreditam que a morte é o fim de tudo, os que veem nela a possibilidade de "uma" Vida Eterna e os que creem em vidas sucessivas ou processos reencarnatórios.
De uma maneira geral, as religiões são capazes de explicar o que acontece depois da morte, dependendo da fé falam de uma nova vida um reino espiritual, podendo ser ele definitivo ou transitório, o primeiro faz ressalvas à condenação ou vida eterna e o segundo relata uma preparação, para novos renascimentos e cumprimento de obrigações cármicas. Vemos aí, os conceitos de Céu (salvação) e Inferno (condenação) e de outro lado o de Reencarnação.
No Ocidente os conceitos católicos se fazem mais presentes, a Bíblia relata apenas uma vida corpórea e as possibilidades de salvação ou condenação e em algumas passagens, revela que a porta para a Vida Eterna está aberta para todos, basta viver de maneira correta, seguindo os princípios dos ensinamentos e o exemplo de Jesus e acima de tudo crer nele. Resumidamente, o homem vive apenas uma vez e ao morrer é julgado conforme suas ações, atitudes e pensamentos, se tiver pecados, poderá receber o perdão de Deus e ir para o Céu, caso contrário irá para o inferno. Há ainda no catolicismo a crença do purgatório, para onde alguns são enviados a fim de obterem uma segunda chance e um possível perdão, depois de algum tempo.
Conforme o Espiritismo, a morte é uma passagem para o plano espiritual, onde o indivíduo é avaliado conforme a sua última existência corpórea e analisado se cumpriu as metas que lhe foram atribuídas com base em encarnações anteriores  e assim, receberá uma nova oportunidade reencarnatória, mas antes disso será preparado para assumir uma nova vida terrena, assim terá novas oportunidades para corrigir defeitos, concertar o erros e evoluir.
Portanto, as diversas culturas podem classificar a morte de maneiras distintas e desde a antiguidade os mitos sobre a morte se fazem presentes na humanidade.
É ponto de concordância que todos os povos possuem a crença de um mundo no além morte e paralelo ao mundo físico, habitados por deuses, espíritos ou seres sobrenaturais. assim era o Olimpo na Grécia, o Asgard dos Vikings, o Nut e o Amant dos Egípcios.
Atualmente o Céu, o Inferno na maioria das religiões, principalmente para o catolicismo e o islamismo, são os conceitos mais utilizados para definir o destino depois da morte e conforme a Bíblia, segundo Jesus no Evangelho de João: - Há muitas moradas na casa de meu Pai!
Como uma terceira via, surgiu em meados de 1850 o Espiritismo, trazendo o conceito de diversas moradas espirituais, traduzidas por mundos extra-terrenos, mundos inferiores, mundos transitórios, mundos superiores, cidades, colônias e casas, para onde são levados os espíritos de desencarnados, seguindo a compatibilidade de suas energias e faixas vibratórias. Desta forma, mais do que o cristianismo ortodoxo, o Espiritismo é capaz de explicar de uma forma mais apurada, a frase de Jesus, citada anteriormente.
Necessário é, abrir-se um parenteses e traçar uma diferença entre morte e desencarne. A morte, em termos biológicos, é a cessação da atividade vitais do corpo de um ser vivo. O desencarne, em termo espirituais, é o abando do corpo físico pelo espírito que o habitava.
Vemos que há no mundo formas diversificadas de enxergar a morte e delas depende a sua aceitação pelo ser humano.
Algum tempo atrás, assisti um documentário que procurava demonstrar as origens do universo. O documentário traçava de maneira regressiva, dos dias de hoje ao Big Bang, como surgiu o Universo. Dizia ele que o princípio de tudo, falando leigamente, foi a explosão de uma partícula de energia, a qual começou a se expandir. Indo mais além, ou seja antes do Big Bang, o documentário concluía que para haver uma explosão, deveria haver uma causa, pois a Física exige isso. Foi relatado então, uma das mais novas descobertas da ciência, vulgarmente chamada de Partícula de Deus ou Bóson de Higgs, conhecida também como anti-matéria ou matéria negativa. Porém se uma entrar em contato com a outra, se consomem mutuamente, mas isso não acontece significativamente no Universo, por que a matéria positiva possui uma carga infimamente superior e que lhe trás uma maior estabilidade sobre a matéria negativa.
Explicando melhor e em termo mais claros, tudo o que existe é matéria positiva, originado da matéria negativa. Exemplificando grosseiramente, ao cavarmos um terreno plano, de um lado fazemos um buraco e do outro um morro com a terra que tiramos dele, porém a compactação do morro nunca será igual a do terreno que o originou.
As Ciências desvendaram praticamente tudo o que existe no nosso Universo, ou seja, sabemos tudo sobre o  "morro", sobre tudo o que é criado com a matéria positiva. Mas falta a ela desvendar o que é essa novíssima matéria negativa. Sabemos agora que ela existe e até já a usamos em aparelhos de Tomografia de última geração, como o PET SCAN, mas o que é, o que ela comporta, como ela é e por que ela existe, o que há dentro do buraco?
Talvez seja essa a matéria do lado de lá, é o que realmente existe do lado além-morte e por que não pensar que finalmente a ciência começou a descobrir uma das muitas moradas na casa de meu Pai!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Enquanto os anos passam...

por H. Thiesen

Cada ano que passa, deixa um pouco dele e leva um pouco de nós. 
Na verdade o que importa, com o passar dos anos, não é o que você fez, onde você chegou, mas o que você fará e para onde irá!
Cada ano que passa e a maturidade que adquirimos com ele, no traz a certeza de que é impróprio nos comparar com os outros, mas que é melhor nos compararmos com o que podemos ser. E, que essa maturidade que adquirimos com o passar dos anos, tem mais a ver com as nossas vivências e o aprendizado que as nossas experiencias nos trouxeram, do que com o número de velinhas que apagamos. Porém, é preciso entender que o ambiente que vivemos e as circunstâncias que se apresentam possuem grande influência sobre nós, mas de qualquer forma, somos responsáveis por nós mesmos.
Os anos passam e aprendemos que ignorar os fatos não altera as suas relevâncias, que quando plantamos tristezas a felicidade é colhida em outro lugar, que temos que agradecer por não ter tudo o que queremos e que, acontecimentos sem importância são os que tornam a vida especial.
Com o passar dos anos tornamos realidade alguns sonhos, e deixamos de lado outros, alguns eram meros caprichos e desnecessários, outros importantes, mas que se faziam difíceis demais.
Com o passar dos anos cometemos erros e ao longo do caminho aprendemos que o único modo para evitá-los é adquirindo experiência. E tal experiência, nos moldará com o tempo.
Pelo caminho dos anos e anos à fio, aprendemos que a verdadeira caminhada está na memória que cultivamos no nosso íntimo e naquela que externamos, para que os outros lembrem de nós. De novo, a experiência nos ensina para que cultivemos boas lembranças e através dela façamos amizades verdadeiras, pois algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão estendida e de um ombro para chorar, que nos farão a diferença nos momentos difíceis.
Com o passar dos anos aprendemos que a vida é feita, também, de obstáculos e desilusões, no entanto é preciso prosseguir.
O passar dos anos nos ensina que se quisermos acertar, precisamos estar preparados para absorver nossos erros e que a felicidade é continuidade, uma busca incessante de grandes motivos nas pequenas coisas.
Nosso aprendizado nunca termina, a lição não finda e precisamos sempre fazer o tema de casa.
E pelos anos que passam, aprendemos que não existe uma só parte da vida que não contenha lições.
Tudo o que precisamos é ter coragem, acreditar, seguir e continuar tentando.

domingo, 19 de junho de 2016

Quem somos?

por H. Thiesen 

Quem somos nós? Eis uma pergunta difícil de ser respondida, com convicção principalmente, se pensarmos um pouco mais.
Somos de fato humanos? E, o que é ser humano?
Bem, acho que ser humano é.... Não, não, não! Nos definimos pelo “achismo” e pela nossa aparência física, parecida com a do homo sapiens sapiens, sim sapiens em dobro, descendentes do homo sapiens, mas diferente dele e guardando apenas o elo que, a bem da verdade, não é um elo, uma vez que o nosso DNA  é diferente do dele. Sendo assim, somos uma evolução do homo-sapiens?
Segundo a teoria evolucionista somos descendentes dos símios, e antes disso, dos répteis (vamos pular a parte das aves, por que algumas amigas não gostarão disso), mas antes, dos peixes e anfíbios, e bem antes, bem antes mesmo, da ameba.
Seguindo esta teoria evolucional percebemos que há certa relevância, afinal quem nunca ouviu falar de “jararacas”, adjetivo para certas mulheres, mais conhecidas por sogras, ou, cavalos, nome dado a certos homens sem nenhuma sensibilidade, sem falar de porcos, vacas e outras espécies de humanos muito estranhas, espécies que se reúnem em grupos e atacam uns aos outros sem motivos nenhum, incompreensíveis para os acadêmicos, contudo objeto de intensos estudos de cientistas. Talvez, esses humanos estranhos, tragam algumas reminiscências dos antepassados contidas no DNA. Mas, como previam os espiritualistas, apareceriam novos tipos, mais evoluídos e vegetarianos, dessa forma vemos por aí a mulher maçã, mulher pera, mulher melancia, nada contra, afinal estamos no terceiro milênio, uma nova era, novos tempos e novos seres humanos.
Porém, o que a ciência revela é que deveria existir um elo perdido. Afinal diferenças genéticas do homem sapiens da caverna, é de quase 1%, para os seres humanos atuais, mas são diferenças ínfimas, posto que, do homem moderno para o macaco rhesus as diferenças são quase as mesmas, portanto, não é possível afirmar, com certeza, que nos originamos dos macacos. Ou será que somos macacos ainda,  uma espécie diferente, mas que acha que pensa? O que leva a deduzir que a teoria evolucionista está errada, quando procura pelo "elo perdido"! Que o homo sapiens não conseguiu sobreviver e somo nós o “famoso elo” e que, o verdadeiro “ser humano” ainda está para surgir sobre a superfície terrestre, ou simplesmente surgir do nada, já que da nossa descendência é difícil sair alguma coisa melhor.
Por que?
Por que nos definimos superiores aos macacos, ora, somos “inteligentes”! Mas inteligentes, como assim?
Por que o homem atual criou ferramentas, carros, aviões, computadores e tantas outras lambanças! Tá e daí? E daí que paramos por aí em evolução. O homem também criou armas, bombas atômicas, vírus de laboratório, e de tempos em tempos faz uma guerrinha, terrorismos e assassinatos para diminuir a população. Porém, os animais não são capazes de proezas como estas. Talvez seja por isso que somos humanos e superiores. Alguém dúvida? Sem falar nos suicídios ou, alguém já ouviu falar em macacos suicidas, porcos suicidas ou qualquer outro bicho suicida? Claro que não, somente com cérebro de minhoca, e mesmo assim, nem as minhocas se suicidam!
Os animais matam uns aos outros, mas por necessidade, os carnívoros por exemplo, tipo homens-leão que adoram uma carne, crua mesmo com bastante sangue. Já os seres humanos são mais inteligentes, usam armas poderosas como rifles HK-47, aviões bombardeiros, bombas incendiárias, misseis, sem saber realmente quem estão matando. Isto é a inteligência e a evolução que nos faz ser modernos e muito mais inteligentes que os animais! Claro, não comemos carne de outros, não praticamos canibalismo, somos bem mais espertos.
Segundo a Teosofia esta atual raça de seres humanos é um tipo o elo perdido mesmo, está longe de ser considerada humana, ainda é muito mais animal do que imaginamos. Os verdadeiros seres humanos ainda estão por vir e habitar sobre a face da Terra, tipo “kryptonianos”, com capacidades incríveis, duros como aço e visão de raio-x, extremamente rápidos, quase indestrutíveis, mas com senso de humanidade, amor ao próximo e a tudo que os rodeiam!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Tempestade

por H. Thiesen 

Mesmo que o tempo se arme e fique batendo água
E as águas que ele trás sejam sobre ti
Na noite em meus ombros te darei casa
Longe das sombras te abrigarei junto de mim
Mesmo que haja raios e tempestade
e a viração se transforme em estopim
Galopo contigo no xucro da ventania
Até o céu se abrir e encontrar um jardim
Faz muito tempo que eu ando em sossego
Mas sempre serena para um desafio
Sou amazona teimosa, também bravia
E não me entrego pra nada, luto até o fim
Monto nas asas do vento e acalmo com ousadia
As águas que desabarem sobre as tuas várzeas
Na mesma ronda que o tempo deságua
Quem tem um rumo não se perde à caminho
Bota o mundo nas costas e saia pela estrada
Sabendo que a fé é o teu clarim
Mesmo que a chuva desabe na tua estrada
Junto contigo eu sempre estarei
Se o temporal é difícil faz dele o sustento
Que a coragem aumenta e desfaz o que é ruim
Depois que a a tempestade passar
E o tempo feio for embora
Pela tua luta já pagaste o preço
E sobre teu corpo encharcado o céu irá se abrir
Pega carona no vento da nova bonança
Pois  tudo não há sem valer a pena
Veste a tua esperança e arruma o teu tino
Porque todo vendaval vem e também vai
Saiba que eu sempre estarei contigo
Em cada passo e pisada
Pechando ao teu lado o feio do tempo
Até ele abonançar e o temporal passar
Se na tua estrada a tempestade se armou
É por que através dela tens que passar
Mantenha a calma e contigo eu também vou
Com serenidade descobrir a lição que Deus mandou!

Confie, tudo sempre dá certo!