domingo, 31 de julho de 2016

Quando as coisas dão errado!

por H. Thiesen 

Creio eu que, quando algo dá errado, ganhamos duas oportunidades: 
A primeira é aprender como não fazer!
A segunda é aprender outra forma de fazer, para não repetir o erro. 
Na maioria das vezes, as coisas dão errado por nossa própria culpa, que não prevemos e não avaliamos os possíveis resultados. 
O erro e os equívocos, bem ao contrário do que pensamos, existem para nos levarem a um caminho de acertos. Não importa o que somos, o que fazemos, sempre nos darão outras oportunidades, basta-nos enxergá-las e aproveitá-las!
Geralmente, estamos acostumados a enxergar os fatos do dia a dia  de uma maneira superficial, ou seja, de um jeito aparente, considerando que os acontecimentos se apresentam exteriormente.
Quando algo ruim acontece, na maioria das vezes, consideramos um azar, de outro modo se algo bom aparece, classificamos como sorte. 
Nossa visão da vida e maneira de entendê-la é muito limitada, sendo assim, não podemos julgar com assertiva se o que acontece é ou não benéfico, pois não temos capacidade de afirmar qual o significado real do que acontece.
Quase sempre, não vemos a realidade e perdemos oportunidades, pois muitas bênçãos nos chegam disfarçadas de incômodos, bem como inúmeros infortúnios se apresentam mascarados de alegria.
Estamos sujeitos às leis que direcionam os nossos destinos. Nossos dramas, nossas escolhas, nossas venturas, nossos infortúnios e, suas consequências, são regidos pela lei de Causa e Efeito, felizes ou não, imediatas ou tardias, os resultados são assegurados pelo exercício do livre-arbítrio.
O que chamamos de sorte, nada mais é do que o resultado do nossos esforço. Do mesmo modo, azar é a consequência da nossa imprevidência,  da nossa irresponsabilidade e dos nossos erros. O acertos e desacertos refletirão a sorte e o azar no futuro.
Portanto, colhemos o que plantamos! Não existe acaso!
O que chamamos de sorte ou benefício sem esforço aparente é a vida oferecendo uma oportunidade, para que haja uma transformação e crescimento. Sendo uma concessão, se bem aproveitada, com  o amadurecimento e consciência de que fomos beneficiados, deverá haver a retribuição, servindo a outros, que por ventura, necessitem da nossa ajuda. 
O que consideramos azar, pode ser uma provação, para que possamos fazer uma averiguação dos nossos valores e um estímulo ao exercício das nossas virtudes. Se transformado em um impulso evolutivo, é ainda mais difícil de ser aceito, devido ao nosso nível de compreensão.
Um ser espiritualizado não dá importância à sorte ou ao azar, pois sabe que tudo é resultado da semeadura e que recebe da vida o que lhe é benéfico e necessário para a sua evolução.
Com o despertar da consciência percebe-se que a chamada “sorte” é conquistada pelo trabalho, paciência, perseverança e disciplina, pois qualquer outra forma de conquista é ilusão e prejudicial à evolução. As riquezas legítimas são frutos de aprendizado e do trabalho honesto, não sendo assim, é apenas ilusão, desconhecimento das leis de ação e reação e fuga das responsabilidades perante a vida.
Desse modo, sorte e azar deixam de ter qualquer significado, pois são realidades aparentes e o que os proporciona e muito mais profundo e complexo.
A sorte pode ser um instrumento de queda e de sofrimentos futuros e,por sua vez, o azar pode ser um instrumento de evolução mais rápida.
Todos nós, ao longo da caminhada evolutiva, já tivemos as nossas cotas de “sorte” e “azar”, uns mais e outros menos, algumas vezes maior e outras vezes menor, em qualquer aspectos da vida, e devemos nos empenhar no aprendizado, no trabalho, na autotransformação e na renovação interior.
Plantemos bem ou plantemos mal, a colheita é certa na medida e na qualidade que necessitarmos!
A vida é como uma roseira, as flores são lindas, mas também tem espinhos!

domingo, 24 de julho de 2016

Natureza Viva

por H. Thiesen 

É maravilhoso no Ser Humano, a capacidade de criação!
Somos capazes de conceber tantas coisas que a Natureza não está programada para criar.
Essa capacidade inventiva, nos faz responsáveis pela vida, não para matar, mas para dar continuidade à ela.
Essa aptidão, nos traz responsabilidades, como espécie dominante, para ajudar as outras espécies, que convivem conosco e que, de nós depende as suas sobrevivências.
Somos a única espécie capaz de transformar a Natureza, mas nos é necessário de preservá-la, para que ela não caia em colapso e nos leve ao extermínio.
A Natureza é viva, há muito mais tempo do que nós, perto dela somos crianças no início da vida. 
A Natureza responde, com autoridade, à todas as devastações que lhe são impostas, ela tem o domínio completo e irrestrito das Leis de Ação e Reação. A Natureza reage, com competência, à todas as ofensas que lhe são dirigidas, ela é implacável. Destruindo-a, nos destruiremos, mas ela sempre dá outra chance à vida. Já foi assim! Nos dias que ela programou as extinções anteriores, nós ainda não estávamos aqui e a vida tornou a brotar, ou no mínimo, ela poupou algumas espécies!
Cabe a nossa espécie, tão capacitada para evoluir e destruir, preservar a Natureza, para que os dias da próxima extinção, não se tornem um caos, que impossibilite à vida brotar novamente!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A Inveja

por H. Thiesen 

Nossas dificuldades atuais são imensas e por isso, quase sempre, o nosso egoísmo se torna mais forte do que a nossa razão. Necessário nos é,  cuidar dos sentimentos que podem gerar dissabores e nos levarem a uma inércia na nossa evolução.
Entre os nossos maiores defeito, a inveja, resultado primeiro do nosso egoísmo, é o sentimento com maior capacidade de prejudicar a nós mesmo e a quem o direcionamos. Segundo os dicionários esse sentimento é um "desgosto, mortificação, pesar causado pela propriedade ou êxito de outrem, acompanhado do desejo violento de possuir os mesmos bens, ter coragem de tomar as mesmas atitudes, ser como o outro".
A dificuldades para aceitarmos em nossos corações, que ainda sofremos com sentimentos pequenos e mesquinhos como o da inveja, é enorme, devido ao nosso estado e nível evolutivo, mas temos que domá-los ou ficaremos  sempre querendo ou tentando ofuscar o brilho dos nossos irmãos.
No céu existem milhares de estrelas e nenhuma necessita que outra se apague para ela brilhar, o que esconde o brilho das estrelas são as nuvens e que consome estrelas são os buracos negros, mesmo assim as nuvens trazem a chuva para abastecer a vida e o buraco negro as engole para manter o equilíbrio do universo, segundo as leis físicas. Ambos não o fazem por inveja, mas necessidade e naturalidade.
Alguém, um dia, nos aconselhou para que deixássemos brilhar a nossa luz:
- Brilhe a vossa Luz, disse-nos Ele.
Cada um de nós, possui luz própria e quem a possui não necessita apagar a luz de ninguém.
A inveja é um sentimento de antagonismo ao amor, sentimos inveja dos que nos substituem melhor, que fazem melhor do que nós, dos estão melhores do que nós, dos que são maiores do que nós, dos que são mais bonitos do que nós, dos que possuem mais do que nós, dos que possuem o que não temos, A nossa capacidade para invejar é infinita, desde a maneira para acender um simples palito de fósforo, passando pelos atributos físicos, até a maior riqueza que alguém pode ter.
Junto à inveja carregamos e desenvolvemos outros sentimentos e defeitos, passamos a julgar, ter preconceitos, a língua se volta à maledicência e intrigas. A inveja nos faz julgar e falar dos outros, cegando-nos e nos tirando da razão, passando a justificar nisso, os nossos defeitos. Em outras palavras, buscamos razões para disfarçarmos a nossa inveja. Quantas vezes vemos e ouvimos por aí que, se um homem é bonito e cuida do corpo é homossexual, se uma mulher é bela e decide usar roupas que definem o seu corpo é prostituta, se alguém compra uma casa melhor, está roubando do patrão, do governo, se uma mulher subiu de cargo, fez sexo com o diretor, etc, etc, etc.
A inveja é irmão gêmea do orgulho, disfarçados de amigos. Invejamos por que ficamos com o orgulho ferido e não aceitamos o sucesso dos outros. Esse sentimento mesquinho, chamado inveja, é capaz de desencadear ódios, originar guerras e destruir o que causa o bem.
O invejoso é um cego que não mede esforços para destruir, ao pedir um favor cerca-se de bons sentimentos e atenções, mas depois de atendido, apenas lhe fizeram e pagaram pelo que lhe deviam, ou seja, ao fazer um pedido, mostra-se a melhor pessoa do mundo, depois que consegue, vira o prato onde comeu. Amizade para o invejoso é um sentimento que não existe, ele se importa pouco com ela, o seu orgulho fala mais alto, é o verdadeiro "amigo da onça".
Para nos mantermos longe da inveja, melhor é cuidar da nossa própria vida e deixar de virar o olho para a vida dos nossos semelhantes. Precisamos ter o pensamento que somente o nosso irmão e Deus, sabe como ela é na sua intimidade.
Afastar-se da inveja, não significa não senti-la, mas sim, reconhecer suas possibilidades, sua força interior, sua capacidade de vencer a si mesmo. Sentir inveja é natural, é hipócrita quem diz não a ter. Não podemos é nos deixar dominar por ela, deixar que ela se torne um hábito e se transforme num martírio envolvendo pessoas e nós mesmo.
Para encerrar, duas frases que resumem bem o sentimento da inveja e a vontade de vencê-la:
- Onde há inveja não pode haver amizade! (Luiz de Camões)
- O grande guerreiro será sempre o que vencer a si mesmo! (André Luiz/Chico Xavier)
Vençamos os nossos sentimentos mesquinhos, busquemos sempre a harmonização, nos sentindo felizes com as conquistas alheias, aceitando o sucesso e a superioridade do nosso irmão e aprendamos a incentivá-los ao crescimento e progresso.

sábado, 16 de julho de 2016

Tolerância

por H. Thiesen 

Perdoo-me pelas minhas possíveis faltas, 
por que sei que não sou perfeita,
Perdoo quem quer que comigo falte,
por que preciso desse perdão,
Não somos de todo ruins,
Evoluímos com o tempo,
e no tempo necessário,
Não existe ser humano que passe
todo tempo na ociosidade,
e na desarmonia
Mas existe uma palavra que nos auxilia
a romper todas as barreiras do nosso ser:
- TOLERÂNCIA.

Tolerância significa “suportar em silêncio", entretanto a palavra possui outros sentidos:
Enfrentar o contraditório para testar os limites do que acreditamos ou pensamos acreditar. Olhar de frente para o contraponto, que se reflete nas palavras alheias, sem vê-las como adversárias.
Entender que a verdade é muito maior e que ninguém a possui em plenitude. O processo de construção da verdade passa pela capacidade do entendimento entre os indivíduos.
Quem pensa diferente não é nosso inimigo, apenas pensa diferente.
A diversidade de opiniões possibilita, que na lógica da existência, existam respostas contraditórias para as mesmas questões. Assim sendo, podemos estar certos a partir de A ou B, como outros, com outras respostas, também podem estar certos, baseados nas suas filosofias, modos de vidas, costumes, épocas, etc. E, à propósito, também podemos estar todos errados.
Uma condição de escutar, entender e responder sem paixão, sem pré-julgamentos, ou até mesmo silenciar.
Quem concorda conosco não é, por isso, melhor ou mais inteligente, é somente alguém que nos agrada e que tem paridade de pensamento conosco.
A verdade é um paradoxo, perspectivas e pontos de vistas diferentes podem convergir para resultados válidos, mesmo que pareçam contraditórios.
Quais são os nossos limites? São os limites da lei vigente e do respeito pelo outro. 
Devemos fazer, ou ter, um acordo social sobre as conjunturas da convivência, começando por nós mesmos, exercitando a aceitação no nosso íntimo.
Tudo pode ser avaliado e discutido. O requisito essencial para a não-barbárie é aceitar as diferenças, como uma riqueza possível, desejável e recomendável, para que não caiamos em extremismos.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Brilhe a vossa luz!




por H. Thiesen 

Depressão, muitas pessoas sofrem desse mal atualmente e muitas dessas, sem perceber. Por que é uma doença silenciosa, provocada por um profundo abatimento.
Quem nunca passou por algum momento depressivo? Eu mesma, recentemente, vi-me envolvida em um. Não sou depressiva, mas as vezes algumas coisas que acontecem na minha vida, me levam à depressão. Passo então, por alguns dias num estado de abatimento, sem vontade para nada e até mesmo, algumas vezes, perdi a vontade de viver. Geralmente fico assim, por que juntam-se ao mesmo tempo diversos problemas, alguns do passado que não foram resolvidos à contento, outros do presente que possuem soluções drásticas ou difíceis e previsões de futuro, em face desses problemas que me vejo envolta, das decisões que preciso tomar e de como elas se refletirão mais tarde. Desse jeito, vou para dentro do meu casulo e fico por lá um bom tempo!
Creio que lendo esta minha confissão, vocês devem estar se perguntando: 
- Se ela fica assim, como pode afirmar que não é depressiva?
Simples, depois que esses momentos, que podem durar dias, passam, tudo volta ao normal, recupero a vontade, a capacidade de decisão e a alegria de viver. Entrar para dentro desse casulo, para mim é um ato de auto-proteção e de onde só saio quando me sinto segura novamente. Fico por lá até achar uma solução ou que alguma coisa aconteça, mostrando-me uma direção ou apontando para uma luz no fim do túnel.
Mas, esse é o meu momento depressivo, algo muito particular e a minha forma de lidar com ele. Porém para a maioria das pessoas que sofrem do mal depressivo, não é tão fácil assim!
Diferente do momento depressivo ou da depressão passageira, que todos nós temos vez em quando, a depressão é um mal silencioso e se instala aos poucos, deixando pistas e sinais, que são ignorados. O ser humano não percebe que está sendo dominado por ela, causando-lhe tristeza, magoa, remorso, culpa, ressentimento, desinteresse, apatia e sofrimentos de ordem espiritual, ou seja, a depressão ataca primeiramente o ser pensante, que existe em cada um de nós. Aos poucos e sem dar tréguas, o corpo recebe os reflexos do espírito, provocando no indivíduo, cansaço, prostração,  falta de forças e  principalmente, afastando-o da vontade e da alegria de viver.
A depressão necessita de tratamento medico para o corpo físico e do amparo, compreensão e o amor para o espírito, mas também e imprescindível e essencial o alimento espiritual, um caminho de ensinamentos transformadores e de sabedoria. Ambos os tratamentos, em conjunto, formarão um alicerce sólido para que o indivíduo possa ser nutrido, fortalecido, revigorado, elevado, iluminado e curado. São eles, a medicação e os ensinamentos superiores.
A medicação agirá sobre o corpo, diretamente sobre as descargas elétricas do cérebro e sobre a dosagem hormonal e enzimática do corpo, fornecendo equilíbrio à ele, possibilitando maior estrutura e veículo para a mente funcionar de forma livre e apropriada.
 Os ensinamentos superiores são fonte de vida para a alma, impedem as fraquezas, o esmorecimento e a desistência diante das dificuldades ou experiências pela quais a depressão proporciona. Os ensinamentos superiores, quando bem estudados, absorvidos e colocados em prática, dão coragem para a transposição de obstáculos, superação das dificuldades e fazem evoluir os pensamentos, em beneficio próprio e dos semelhantes. 
Como a depressão atinge fortemente o espírito, é necessário a busca de conhecimentos, entendimento dos porquês, aprendizado do uso da sabedoria e a realização dos ensinamentos, que proverão o espírito de saúde, proporcionando a paz e a felicidade e devolvendo a alegria de viver.
A felicidade existe e esta dentro de nós, necessário é, para ela se fazer presente em nossas vidas, a correção de erros, defeitos e imperfeições, substituir nossos pensamentos inferiores por superiores. Para usufruí-la, precisamos lapidar os sentimentos, retirar a casca bruta dos sentimentos mundanos e deixar o brilho do diamante espiritual iluminar a nossa vida, nos utilizando do perdão e do amor, incluindo o amor-próprio e o auto-perdão, ou seja, iluminar o nosso espírito, transformar-nos em seres humanos melhores, repleto de virtudes: BRILHE A VOSSA LUZ!
Essa transformação é gradativa, particular e intransferível, faz brotar no nosso interior a paz, a alegria e a felicidade, que erradamente buscamos do lado de fora. Não é a toa que o poeta romano Juvenal, por volta do ano 60 d.C escreveu: Mens sana in corpore sano! MENTE SÃ EM UM CORPO SÃO! 
Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
(Decimus Iunius Iuvenalis)

terça-feira, 5 de julho de 2016

Enquanto isso... Num lugar chamado Eternidade!

por H. Thiesen 


- Ei, o que é aquilo?
- O quê?
- Aquela coisa redonda e azul?
- Ah, é uma nave e se chama Terra!
- Hum! Tem tanta gente embarcando! Também quero ir!
- Não dá, você ainda não pode?
- Não posso, por quê?
- Por que você precisa de ajuda! E não é a tua hora, ainda!
- Então, você é meu amigo e me ajuda!
- Não posso, sou teu Anjo da Guarda!
- E quem irá me ajudar?
- Duas pessoas!
- Quando?
- Na hora certa você saberá!
- Por que é assim? Eu quero embarcar na nave!
- Por que as duas pessoas te darão uma cápsula, para poder viver Terra!
- Não entendi...
- Duas pessoas, papai e mamãe, elas te darão um corpo, para usa-lo enquanto estiver na Terra!
- E como eles vão me dar este corpo?
- Através do amor, que existe entre eles!
- E o que fazemos na nave?
- Concertar os nossos defeitos, colocar em prática as nossas virtudes, aprender convivência e ser feliz!
- E como fazemos isso?
- Junto com todos que estão na nave Terra!
- E eles sempre estarão juntos de nós?
- Nem sempre, depende de cada um!
- Como assim?
- Quando embarcamos na nave, alguns embarcam conosco, outros já estão lá. Outros nos acompanharão durante todo o tempo e haverá aqueles que estarão juntos de nós por algum tempo e depois poderão se afastar e juntar-se a outros na nave.
- Tem gente que não gostou, estão desembarcando!
- Não! Apenas chegou o final do passeio para eles! Chegou a hora deles voltarem para cá!
- Que chato, eu quero ficar lá para sempre!
- Não dá! Todos tem um tempo, para ir e voltar! Sempre haverá alguém embarcando e desembarcando! É a vida na Terra!
- Estou tentando entender... Pedimos ajuda para duas pessoas, ganhamos um corpo e embarcamos na nave!
- Isso!
- Algumas pessoas embarcam conosco. Algumas ficam do nosso lado e outras podem não ficar.
- Correto!
- Enquanto estamos na nave, algumas embarcam e outras desembarcam.
- Continue...
- Se vamos para lá, teremos que um dia voltar!
- É assim, você entendeu!
- Mas para que tudo isso? Não é mais fácil ficar por aqui?
- Podemos ficar, ninguém é obrigado a ir. Mas ir lá é um caminho mais curto para a felicidade!
- Como mais curto?
- Na Terra existem algumas coisas que não existe aqui e que nos ensinam a ser mais felizes.
- Explica melhor, está confuso!
- Quando estamos no corpo, nossos defeitos aparecem com mais facilidade e na Terra aparecem oportunidades para que os consertemos e nos livremos deles. Quanto mais defeitos e erros conseguirmos eliminar, mais felizes seremos! Aprendemos muito na Terra!
- Que defeitos? Como fazemos isso?
- Convivendo com os outros, aparece o ódio, o egoismo, a cobiça, a maledicência e tantos outros. Aos poucos começamos a ter paciência, a perdoar, a dar caridade e amar de verdade.
- Será que isso é difícil?
- Difícil não é, mas tem que querer aprender!
- E se não quiser?
- Fica mais difícil! As coisas complicam, se não aprender pelo amor, aprende pela dor!
- Minha cabeça deu voltas agora!
- É simples, vamos para a Terra, a fim de aprender de uma forma fácil, recusando a seguir nossos pensamentos errados, evitando deixar nossos defeitos nos dominarem. Se não for assim, nossos próprios erros e defeitos nos ensinaram, de uma forma mais difícil, sofrendo os efeitos das nossas atitudes.
- Acho que eu sei sobre o que você está falando! "Não faças aos outros, o que não queres que te façam". Não é?
- Perfeito!
- E... "A cada um conforme suas obras". Também?
- Ou resumindo tudo... Amai-vos uns aos outros!
- Se fizermos desse jeito, seremos felizes?
- Sim, é a melhor receita para a felicidade! Mas agora é melhor nós corrermos!
- Correr por que?
- Teu papai e tua mamãe, aceitaram te ajudar!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

De repente!




por H. Thiesen 

De repente tudo começa à clarear,  as coisas que antes eram tão complicadas, vão ficando tão simples, algo que nos atormentava, se mostra sem pé nem cabeça. De repente, tudo é tão simples que assusta e problemas sem solução, solucionados estão. 
Vamos modificando os conceitos, mudando caminhos, perdendo as necessidades, diminuindo a bagagem supérflua. Com o tempo, trocamos valores e a opinião das outras pessoas, passam a ser mesmo delas e as nossas, são as nossas. Ganhamos muitas certezas e ficamos sabendo que muitas que tínhamos, não são tão certezas assim. Na verdade, abrimos mão delas, pois não tínhamos certezas nenhuma. E isso é o que importa! 
Aprendemos a não julgar, pois já não sabemos o que é certo ou errado e que ambos, se servem para nós, não serve para os outros, por que cada um é responsável pelo que resolveu experimentar.
Aprendemos que o importante é ter paz, afastar-se dos medos, zelar para que a consciência não pese e fazer o que alegra nosso coração.
De repente descobrimos que queremos viver e que antes não vivíamos, apenas existíamos.
De repente descobrimos que a vida é agora, necessariamente agora, sem adiamentos.
De repente descobrimos o sentido da vida e precisamos vivê-la, antes que ela se vá!